A taxa de juro média dos novos depósitos a prazo de particulares diminuiu pelo quinto mês consecutivo, para 2,72% em maio. Já o montante das novas operações de depósitos a prazo totalizou 10,6 mil milhões de euros em maio, uma quebra de 39 milhões face a abril (2947 milhões de euros).

Uma evolução que o Banco de Portugal explica se justifica “em grande medida, pela reaplicação em novos depósitos a prazo de montantes anteriormente aplicados em depósitos deste tipo, sem renovações automáticas, que atingiram a maturidade em maio”.

Na informação sobre as taxas de juro média dos novos depósitos com prazo até 1 ano, a taxa de juro dos novos depósitos caiu 0,04 pontos percentuais (pp), para 2,75%, sendo esta a classe de prazo com a “remuneração média mais elevada” representando 96% dos novos depósitos em maio.

O Banco de Portugal sublinha esta quinta-feira que “os novos depósitos a mais de 2 anos também diminuiu, de 2,01% para 1,97%”, mas “pelo contrário, nos novos depósitos de 1 a 2 anos, a taxa de juro média aumentou 0,13 pp, de 2,03% para 2,16%”.

Face aos restantes países da zona euro mantém-se a evolução que dita uma maior remuneração média dos depósitos. No conjunto dos países da área do euro, “a taxa de juro média dos novos depósitos apresentou uma diminuição 0,02 pp (uma queda inferior à verificada em Portugal), fixando-se em 3,09%”. O país que melhor remuneração oferece é a Estónia, seguido de França, Finlândia e Malta. Com taxa de juros média inferiores a Portugal (2,72%) estão seis países entre os quais Espanha.

Taxa de juro média no crédito volta a cair em maio

“A taxa de juro média das novas operações de crédito à habitação diminuiu pelo oitavo mês consecutivo, situando-se em 3,71% em maio”.

A taxa de juro média das novas operações de crédito à habitação passou de 3,75% em abril para 3,71% em maio. Tendo em conta que esta taxa de novas operações inclui os contratos renegociados, “a taxa de juro média dos novos contratos de crédito à habitação diminuiu 0,02 pp, fixando-se em 3,61%, mas “nos contratos renegociados, a taxa de juro média aumentou 0,02 pp, para 4,06%”.

No que toca a todas as novas operações de crédito a particulares (totalmente novas e renegociadas) o montante caiu 53 milhões de euros para 2 542 milhões de euros em maio. Um aumento transversal a todas as classes de crédito incluindo o consumo.

No que diz respeito à taxa de juro média destinada ao consumo em abril, em Portugal a taxa ascendeu a 9,55%, mais alta do que a praticada no conjunto dos países da área do euro a qual foi em abril 7,92%. A taxa média de crédito ao consumo foi a “primeira vez que diminuiu em 2024”. Já a taxa de crédito para outros fins ascendeu a 5,01% aumentando 0,11 pp.

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