O Presidente da República admite que há problemas, mas prefere falar na Justiça em geral do que em concreto na PGR.

O Presidente da República diz que não é agora o momento de falar do próximo Procurador-Geral da República. Marcelo Rebelo de Sousa admite, no entanto, que têm havido problemas de comunicação e avisa que é preciso avançar com medidas concretas para reformar a justiça.

Se é preciso ou não arrumar a casa, como sugere a ministra da Justiça, o Presidente começa por não querer responder.

“Não tenho nada a comentar, não vou comentar declarações de membros do Governo”, disse.

Mas, logo a seguir, lembrou o Governo que não é este o momento para debater em público o sucessor de Lucília Gago.

“Esse é um tema que tem o seu tempo para ser tratado.”

A Procuradora-Geral da República termina o mandato de seis anos em outubro. Depois de Joana Marques Vidal não ter sido reconduzida no cargo, também não é expectável que Lucília Gago seja agora convidada para mais seis anos.

Mas se dúvidas há sobre a intenção do Governo, a ministra da Justiça já as afastou.

“Alguém tem que pôr ordem na casa”, disse Rita Alarcão Júdice.

O Presidente admite que há problemas, mas prefere falar na Justiça em geral do que em concreto na PGR.

“Para além da ideia genérica da ideia de reforma de justiça, tem de haver propostas concretas. Estar a fazer debate genérico sobre reforma da justiça transforma isso numa arma de arremesso político. Se entrarmos nisso, não haverá reforma da justiça”, considerou o Presidente.

Marcelo Rebelo de Sousa tem pedido um pacto de justiça desde o primeiro ano de mandato. Anos depois avisa que a justiça não deve ser mexida a reboque de casos concretos, mas sim para corrigir o que há anos o Presidente diz que deve ser corrigido.

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