O Waldorf Astoria ergue-se imponente à entrada do bairro de Jerusalém Ocidental, nos arredores da Cidade Velha, a apenas vinte minutos a pé da Basílica do Santo Sepulcro, construída no local onde, segundo a tradição, Jesus Cristo foi crucificado e sepultado. A parte oriental da cidade é aquela que, em 1948, após a guerra entre israelitas e árabes que se seguiu ao fim do protetorado britânico sobre o território, foi atribuída a Israel, que aí construiu de imediato o Knesset, o Parlamento, e a Grande Sinagoga, para além de a designar como capital em 1950, decisão que contraria o estatuto político da cidade, cuja soberania partilhada entre israelitas e palestinianos sempre foi considerada internacionalmente como decisiva para futuras e eventuais consultas ligadas a uma solução que visasse a fundação do Estado Palestiniano.

Num imenso salão do Waldorf, repleto de famílias judias vestidas a rigor, celebra-se o Shavuot, a festa das colheitas, exatamente quarenta e nove dias depois da Páscoa, uma ocasião muito sentida em que se honra a entrega da Torah ao povo judeu e se comem alimentos lácteos. Também aqui, a celebrar, está Aryeh King, vice-presidente da Câmara Municipal de Jerusalém, figura de proa e ativista da comunidade de colonos israelitas nos Territórios Palestinianos Ocupados.

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