Aida vai guardando o que sobra dos medicamentos num armário, em casa, e quando tem o suficiente para encher um saco, traz à farmácia do costume. É um hábito comum para ela, que, durante uma ação de sensibilização, descobriu que os restos podiam ter uma nova vida.

Os farmacêuticos são o primeiro contacto da reciclagem e notam que há, cada vez mais, pessoas a aderir.

“Notamos um crescimento porque o número de caixas que fechámos por semana tem vindo a aumentar. Enviamos mais caixotes fechados para a Valormed”, conta a farmacêutica Ana Isabel Valério.

O prazo dos medicamentos varia, mas para todos, de comprimidos a injeções, este é o fim do ciclo de vida desejado e recomendado.

Nas caixas chegam embalagens, bulas, acessórios utilizados, injeções, termómetros ou até mesmo radiografias.

Têm um código único que identifica o local de recolha. Depois, é feita uma triagem porque há materiais, como as radiografias, que fazem parte de um projeto, à parte, de angariação de fundos para a AMI.

Nos tapetes, separa-se o que vai para reciclagem, como o cartão, o plástico, o vidro e o que acaba na incineradora, como os comprimidos e os blisters, a embalagem composta por plástico e alumínio que envolve grande parte da medicação que tomamos.

Falta um método eficaz para a Ciência

A pegada ecológica da medicação tem vindo a ser reduzida desde que, em 1999, farmácias, indústria e distribuidores se juntaram para tratar este resíduos.

Falta a Ciência conseguir um método eficaz para separar o plástico do alumínio e dos comprimidos, e assim dar-se um salto maior.

20 mil toneladas de lixo recolhidas pela Valormed

Os números da Valormed dizem que nestes 24 anos foram recolhidas 20 mil toneladas de lixo, através de um sistema que funciona em duas vertentes: quando são entregues os medicamentos que as farmácias precisam, são, ao mesmo tempo, levados os resíduos entregues pelos utentes.

O significa que se evitaram 4.500 toneladas de gases poluentes enviados para a atmosfera.

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