A Enapor encerrou o ano de 2023 com lucros de 144,3 milhões de escudos (1,3 milhões de euros), valor inferior em 111,4 milhões de escudos (cerca de um milhão de euros) ao resultado obtido no ano anterior, de acordo com o relatório e contas da empresa a que a Lusa teve hoje acesso.

De acordo com os dados da empresa, a tarifa aplicada aos navios de longo curso que escalam no país caiu 11,83%, justificada pelo facto de terem permanecido menos dias no arquipélago e de serem menores, o que se refletiu nos resultados.

Além disso, apesar do ligeiro aumento no tráfego de contentores nos navios de longo curso, a empresa salientou que tratando-se de contentores vazios, de 40 pés, a cobrança de tarifa “é reduzida”,

No período em análise, a Enapor registou uma redução de 5% nos resultados operacionais, face ao ano anterior, com destaque para a prestação de serviços que caiu 7%.

Numa mensagem a acompanhar o documento, o presidente da empresa, Irineu Camacho, fez contudo um “balanço positivo” do exercício económico de 2023, em que os portos do país registaram aumento na movimentação de passageiros (7,9%).

Também frisou que no ano passado os portos de Cabo Verde registaram um ligeiro aumento de contentores (0,8%) e de escalas de navios (2,6).

A quantidade de mercadorias movimentadas também cresceu (6,7%), mas os rendimentos provenientes destas operações diminuíram 7,2%.

O Governo de Cabo Verde lançou em março a consulta pública para a subconcessão dos serviços portuários da Enapor, no quadro das privatizações previstas até final do primeiro semestre de 2025.

O executivo prevê concluir o processo da Enapor ainda este ano, com a assinatura do contrato com o operador internacional selecionado.

A subconcessão terá a duração máxima de 30 anos, com 15 anos iniciais e renovável por igual período.

A lista de serviços portuários inclui o ‘bunkering’, armazenagem, operações de carga e descarga, aluguer de equipamentos, fornecimento de água e energia, agenciamento de espaços comerciais, atracação/desatracação e reboque e pilotagem.

O Estado vai manter-se como proprietário dos nove portos e das infraestruturas portuárias do país.

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