Em nota à imprensa, os comunistas recordaram o antigo capitão de Abril pela colaboração na redação do programa do Movimento das Forças Armadas e os diferentes cargos públicos que foi ocupando ao longo da sua vida.

“O PCP manifesta o seu pesar pelo falecimento do General Franco Charais. Militar de Abril, colaborou na redação do programa do Movimento das Forças Armadas e, entre 1974 e 1982, integrou a Comissão Coordenadora do MFA, o Conselho de Estado, o Conselho de Revolução e comandou a Região Militar do Centro”, recordou o PCP.

O partido sublinhou a “parte ativa” de Franco Charais na “libertação dos presos do Forte de Caxias, dando instruções para a sua libertação ignorando as ordens do General Spínola.”

“O PCP endereça à sua mulher Stela Barreto e demais família e à Associação 25 de Abril as suas sentidas condolências”, acrescentaram os comunistas nesta nota.

O antigo capitão de Abril Manuel Franco Charais morreu hoje aos 93 anos, indicou a sua mulher, Stela Barreto, numa publicação nas redes sociais.

Tenente-general do Exército já reformado, Manuel Ribeiro Franco Charais nasceu no Porto, em Cedofeita, a 24 de fevereiro de 1931, foi um nome maior da Revolução dos Cravos.

Militar de Abril, Franco Charais colaborou na redação do programa do Movimento das Forças Armadas, base ideológica da revolução e, entre 1974 e 1982, integrou a Comissão Coordenadora do MFA, Conselho de Estado, Conselho de Revolução e comandou a Região Militar do Centro. 

Dois dias depois da revolução, na madrugada de 27 de abril de 1974, foi Franco Charais quem deu instruções para a libertação de todos os presos políticos do Forte de Caxias, um dos momentos decisivos para o sucesso da Revolução de Abril.

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