O PCP diz que a convocação das forças de segurança para a Assembleia da República é mais um exercício de oportunismo demagógico do Chega. Em Penafiel, onde se reuniu com trabalhadores das pedreiras, o secretário geral comunistas mostrou-se bastantes cético em relação ao anunciado pacto de regime para a justiça, que estará a ser desenhado pelo PS e pelo PSD.

Para o PCP, a discussão dos problemas das forças de segurança não se compadece com o oportunismo político do Chega, que está a apelar à presença dos polícias e guardas na Assembleia da República, no debate da próxima 5ª feira

“Acho que a gente está a falar de coisas tão sérias, tão sérias, tão sérias (…) que devemos nos concentrar aí e não em oportunismos demagogos que são recorrentes e nós não queremos alimentar isso. (…) Há razões que justificam que os profissionais das forças de segurança não podem estar indiferentes face ao que está a acontecer. Precisam de respostas”, diz Paulo Raimundo, secretário-geral do PCP.

Respostas precisam-se, também na justiça. Sob o olhar atento do Presidente da República, PS e PSD concertam posições para uma nova reforma do sistema judicial. O PCP teme que venha aí mais do mesmo.

“Se há matérias nas quais tem havido pactos de regime, acordos de regime, debates profundos, tem sido na justiça e tem sido sempre pela mão do PS e do PSD, e chegámos ao que chegámos. Pronto, nem sei se hei-de ficar preocupado se hei-de ficar descansado com esses consensos. Agora, que é preciso resolver questões da justiça, é, isso é uma evidência”, explica Paulo Raimundo.

Notas do secretário geral do PCP no final de um encontro com trabalhadores das pedreiras de Penafiel que lutam, há vários anos, pelo direito a reformas antecipadas, consagradas na lei mas sistematicamente travadas pela burocracia da Segurança Social.

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