Numa entrevista, o presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos falou ainda sobre o futuro e revelou o seu desejo de continuar à frente do banco público.
O presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos, Paulo Macedo, admitiu que o banco público pode vir a comprar uma instituição bancária.
A revelação foi feita ao Negócios, numa entrevista em que revelou também que comunicou ao Ministério das Finanças o seu desejo em continuar à frente da CGD.
Paulo Macedo reconheceu que “ainda há muita coisa a fazer no banco” e avançou que está a ser preparado um plano de sucessão.
“As Finanças, a seu tempo, pronunciar-se-ão sobre isso. Há um plano de sucessão que depois, obviamente, será acionado, e depois o acionista terá a sua palavra a dizer, assim como o regulador”, explicou. “O plano de sucessão é para o banco, não tem a ver com o Paulo Macedo, e define o processo de nomeação de uma nova administração. Em vários países, por exemplo, nos planos de sucessão, os administradores sucedem-se desfasados no tempo. Ou seja, há quem defenda que não se devia substituir as administrações sempre de mandato a mandato, devia ser ao longo do mandato que alguns membros deviam entrar e sair.”
Na entrevista, admitiu que o banco público está disponível para ir ao mercado comprar outros bancos.
“Admitimos vir a analisar todas as hipóteses que haja no mercado. Se não estivermos disponíveis para isso, a Caixa perderá a liderança e também não é desejável que haja um maior crescimento de bancos, designadamente dos nossos vizinhos espanhóis.”
A Caixa Geral de Depósitos teve lucros recorde de 1.291 milhões de euros em 2023, mais 53% do que os 843 milhões de euros obtidos em 2022.