No sopé da colina de Monsaraz, nas proximidades da barragem do Alqueva, encontra-se o empreendimento hoteleiro e agrícola de Sao Lourenço do Barrocal.
A herdade, adquirida no sec. XIX, está na família há já oito gerações e a preocupação com a sustentabilidade tem sido uma constante. Ao longo das várias gerações, a herdade “teve um papel importante no desenvolvimento agrícola e no desenvolvimento do vinho na região”, explica José António Uva, administrador do São Lourenço do Barrocal.
O projeto tenta ser, na medida daquilo que é possível, autossustentável, tendo como objetivo produzir grande parte dos produtos que se consomem na propriedade.
Turismo, agricultura e ecologia estão de mãos dadas neste projeto que quer proporcionar aos seus visitantes uma experiência única de agricultura sustentável e de turismo regenerativo, em pleno Alentejo.
“O turismo regenerativo é aquele que traz à região, à comunidade e às pessoas uma valorização do seu sentido de lugar, da sua identidade que não estava lá antes”, considera José António Uva, administrador do São Lourenço do Barrocal
São cerca de 780 hectares, nos quais todas as estruturas agrícolas do monte foram reabilitadas e transformadas num hotel de cinco estrelas, onde trabalham cerca de 150 pessoas.
dos colaboradores do São Lourenço do Barrocal são do concelho de Reguengos de Monsaraz
Respeito pelo passado e tradição
Além de ser uma herdade com duzentos anos, o Barrocal tem a particularidade de toda a sua arquitetura vernacular alentejana ter sido reabilitada por Eduardo Souto de Moura. Este trabalho fez com que o projeto fosse distinguido – em 2018 – com o Leão de Ouro da Bienal de Arquitetura de Veneza.
Os materiais e a arquitetura da região foram respeitados e valorizados, colocando em destaque a competência e o trabalho dos artesãos locais, da tapeçaria, à carpintaria, passando pela olaria, entre outros ofícios. Desta forma, a essência do que de melhor se faz nesta zona é transmitida aos hóspedes e aos visitantes pela mão dos melhores embaixadores: os locais.
