“Este homem, sob cuja responsabilidade os nossos reféns foram detidos e assassinados, deve estar preso”, afirmou Netanyahu num comunicado divulgado pelo seu gabinete, em que chama a atenção para “um erro grave e uma falta de ética”.

A decisão de libertar Abu Salmeya foi tomada pelo serviço de inteligência Shin Bet e o seu diretor, Ronen Bar, terá de apresentar, na terça-feira, as suas primeiras conclusões ao primeiro-ministro israelita, que ordenou uma investigação “imediata” do caso.

O Shin Bet defendeu-se afirmando que tinha soltado “dezenas de detidos para libertar lugares” na prisão de Sde Teman, no deserto de Negev, no sul de Israel.

A libertação de Abu Salmeya originou hoje uma encruzilhada de acusações entre diferentes membros do Governo israelita e também agências de segurança.

Abu Salmeya, libertado hoje juntamente com outros 50 prisioneiros palestinianos, era diretor do hospital mais importante da faixa de Gaza quando o exército israelita o deteve, em 23 de fevereiro, para interrogá-lo sobre as “atividades terroristas” da organização islamita Hamas no edifício, após a descoberta de um dos seus túneis por baixo do hospital.

A prisão onde esteve detido é conhecida pelos maus tratos aos prisioneiros, incluindo a tortura, denunciada por diversas organizações de direitos humanos até o caso ser levado ao Supremo Tribunal Israelita.

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