Fausto Bordalo Dias morreu esta segunda-feira, “vítima de doença prolongada”, como confirmou ao Expresso Luís Viegas, manager do artista na derradeira fase da sua carreira. “É com enorme pesar que a Ao Sul do Mundo confirma esta triste notícia”, afirmou o agente artístico. “Portugal perde assim um dos maiores autores da sua música, de toda a música. Viva o Fausto”. O celebrado cantautor, parte da geração que deu voz a Abril, deixou-nos aos 75 anos.

Fausto estreou-se em nome próprio com a edição de um álbum homónimo em 1970, embora o próprio preferisse entender “P’ro Que Der e Vier”, edição da Orfeu datada de 1974, como o arranque oficial da sua discografia. Lançou trabalhos marcantes para o moderno cancioneiro português como “Madrugada dos Trapeiros”, de 1977, “Histórias de Viageiros”, em 1979, e, sobretudo, “Por Este Rio Acima”, trabalho de 1984 amplamente considerado como um dos melhores trabalhos de sempre da música popular portuguesa.

O cantor fez raras apresentações ao vivo nos anos derradeiros da sua carreira, como o concerto retrospectivo “Atrás dos Tempos Vêm Temos” que teve lugar no CCB em 2021 ou a mais recente revisitação de “Por Este Rio Acima”, na Aula Magna.

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