Sandra tem 32 anos, é enfermeira há dez e não sabe o que é ter só um emprego: sempre acumulou o trabalho no hospital do Funchal com um part-time como enfermeira num lar. Fá-lo porque, de outra forma, viveria com o dinheiro contado e o saldo ao fim do mês seria zero, mesmo sem ir jantar fora ou de férias. É essa a razão que também leva João (nome fictício) a dedicar noites, horas de almoço e fins de semana ao seu segundo emprego na área da comunicação. Se, no início, quando começou a trabalhar, até lhe dava algum gozo ter mais do que uma ocupação, agora, aos 31 anos, já agradeceria se pudesse viver de um só emprego. “Continuar nisto ao fim de sete anos é diferente. Mas é a única forma de juntar algum dinheiro. Não há alternativa a não ser trabalhar mais.”

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