O interesse dos portugueses no Europeu de futebol esmoreceu completamente, esta semana, com um novo foco do orgulho nacional que levou as pessoas à rua a buzinar, cantar o hino, atirar rosas às estátuas dos poetas ou ir a Fátima de trotinete para agradecer à Virgem: a eleição de António Costa para presidente do Conselho Europeu. Charles Michel regressa ao antigo emprego de designer de lancis de passeio e Costa pega ao serviço sob uma exaltação patriótica que só tem paralelo nas Descobertas, no golo de Éder e no cão de água dos Obama. A lista online de gente que se oferece para levar Costa ao aeroporto já vai em quatro milhões de pessoas. Esta noite, há fogo de artifício em todas as localidades com o topónimo Costa, como Costa da Caparica, e Marcelo paga uma ginjinha a cada português. M.B.

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