Nunca me tinha dado para pensar em unicórnios. Escapara-me. E é tema de grande complexidade. Não só o animal mitológico, mas a sua polissemiologia na sociedade atual. Não cheguei lá por nenhum toque de génio, reconheço. Calhou ler uma recensão no “El Mundo” sobre o lançamento de “El Unicornio”. História de una fascinación, de dois especialistas alemães em literatura (Bernd Roling e Julia Weitbrecht), e ficar banzado com o que tinha andado a perder. “O imaginário coletivo necessita de criaturas que reflitam os nossos sonhos e ideias de perfeição (…) e também de monstros que sejam capazes de articular os nossos medos.” No primeiro caso, estariam os unicórnios. No segundo, por exemplo, os dragões, que existem em diversas culturas, da Ásia à Europa. Fiquemo-nos pelo unicórnio. O que significa o cavalinho fofinho com um só corno? Se fosse fácil, não lhe dedicava uma crónica.

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