Estou demasiado confundido com o que se passou em campo para poder escrever de forma totalmente lúcida. Coitados dos ingleses

Nota: Deixo já aqui expresso que espero que a Suíça trucide esta Inglaterra. Ambas merecem que isso aconteça

Inglaterra tem a sorte de ter dois dos cinco melhores jogadores do mundo. Também tem é o azar tremendo de ter um treinador que não sabe isso.

Se calhar ninguém lhe disse, mas ele também já podia ter percebido que o Phil Foden não joga na esquerda. Nem é por mal, que eu já lhe perguntei, é mesmo porque ele não consegue. É muito bom jogador, mas não consegue. Faz sentido, não faz? Também não vemos o Mbappé a jogar na direita ou o Rafael Leão a jogar na direita, pois não? Aí Didier Deschamps e Roberto Martínez estão um passo à frente de Gareth Southgate, já que parecem saber, pelo menos, as posições dos jogadores que quiseram levar para a Alemanha.

Se calhar ninguém lhe disse, mas ele também já podia ter percebido que o Jude Bellingham é um finalizador nato e que tem de andar o mais perto da baliza possível. Desde já disponibilizo-me a enviar ao selecionador inglês os melhores momentos do Bellingham esta temporada. O rapaz também só foi uma das figuras do Real Madrid campeão espanhol e campeão europeu. Coitado do Southgate, se calhar só não tem a subscrição do canal que passa a La Liga e a Liga dos Campeões. Se assim for eu pago-lhe, para ele ver que o Bellingham é mesmo bom jogador.

Já tinha dito que me parecia que o Luciano Spalletti queria ir mais cedo para casa. Vou escrever que o Gareth Southgate quer exatamente o mesmo – só não percebo tão bem porque em Itália ainda há coisas interessantes para fazer no verão, em Inglaterra não há nunca, aquilo é tudo cinzento. O azar de Southgate é que deve ser tão mau a explicar o que quer que nem conseguiu fazer entender aos jogadores que era mesmo para perder. Por isso é que Bellingham e companhia lá remaram até conseguir, com muita sorte à mistura, dar a volta e vencer a Eslováquia.

Uma bicicleta iluminada: o melhor do jogo

Passou semanas e meses a salvar o Real Madrid, foi uma das figuras da temporada e, quem sabe, se ganhar o Euro 2024 até se candidata à Bola de Ouro. Jude Bellingham é um dos melhores jogadores do mundo, só é pena que tenha um treinador que não percebe lá muito disto.

O killer instinct que apresenta é ridículo, sobretudo para um jogador que é suposto ser médio, mas que faz tudo e mais alguma coisa. É o melhor do jogo porque aquela bicicleta é só para os predestinados, e ele é um deles.

Mandem um vídeo para a Alemanha: o pior do jogo

Para mim Phil Foden é um dos três melhores jogadores do mundo. Ao lado dele ponho Mbappé e Vinícius Júnior. Como é que um dos melhores jogadores do mundo, o melhor da equipa, não joga na sua posição?

Ele se calhar nem está no seu melhor, mas podiam pô-lo a jogar na esquerda só dez minutos para vermos? É que assim é chato para mim justificar a minha posição. Por favor, senhor Gareth, faça lá o jeitinho contra a Suíça.

Menção honrosa: o pior do jogo podia facilmente ser o equipamento de Pickford. Que raio é aquilo? Credo. Se calhar é por isso que na televisão não se usa verde.

Temos de ir aos registos: a surpresa do jogo

Roberto Martínez não levou Pedro Gonçalves, Francisco Trincão ou Paulinho. Uma chatice para os sportinguistas que gostavam de os ver na Alemanha. Se calhar foi por embirração, mas então não é caso único. É que o Southgate também não levou o Anthony Gordon. Ou melhor, levar até levou, mas foi só para ele ir andar de bicicleta e se escangalhar à grande no queixo.

Eu encontro uma explicação muito mais fácil para isto: Anthony Gordon afinal não é mesmo inglês e foi só na comitiva porque deve ser incrível nos pequenos-almoços. É que não dá para precisar de ganhar um jogo e o rapaz não sair do banco.

Queria tanto que tivesse entrado: o momento do jogo

John Stones é um rapaz bem parecido. Alto, típico inglês, mas um bocadinho mais bonito que o típico inglês. Ele deve saber isso e, acima de tudo, preza muito o belo cabelo que tem.

Por isso é que se estava a pentear em vez de jogar à bola. Penteou tanto o cabelo que se perdeu no relvado e deixou a bola à mercê de um eslovaco que não teve o engenho que devia para meter a bola na baliza. Eu gostava muito que tivesse entrado, o Stones não ficava chateado porque já estava bonito outra vez, o Southgate ia embora como quer. No fundo ficávamos todos contentes.

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