“Nós falaremos com todos os partidos, tem sido essa a nossa posição, e com todos os partidos procuraremos aprovar estas medidas”, disse o titular da pasta das Finanças após um Conselho de Ministros descentralizado que decorreu em Oliveira de Azeméis (distrito de Aveiro).

O governante falou também na qualidade de “ex-líder parlamentar do PSD” na anterior legislatura, mas vincou, em respostas a questões dos jornalistas que lembraram o aviso de terça-feira à noite do secretário-geral do PS relativas ao Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), que essa “é uma discussão no parlamento entre o Governo e os partidos”.

Na quarta-feira à noite, o líder do PS avisou que só é possível superar a posição de que “é praticamente impossível” viabilizar o Orçamento do Estado se o Governo não ignorar os socialistas, recusando ficar “aprisionado a uma governação” com que discorda.

“O PS não está de corpo presente no parlamento, não pode ser ignorado, não pode ser aprisionado a uma governação com a qual nós discordámos de forma estrutural, de forma profunda”, disse Pedro Nuno Santos na Grande Entrevista da RTP3.

Numa fase da entrevista em que foi questionado sobre a disponibilidade do PS para viabilizar o próximo Orçamento do Estado, o líder do PS reiterou que “é praticamente impossível” o PS viabilizar um orçamento “que é a tradução ‘ipsis verbis’ de um programa do Governo” que os socialistas não apoiam.

“Esse praticamente impossível só é superável na medida em que o Governo estiver na disposição de não ignorar o maior partido da oposição. Ignorando o maior partido da oposição, achando que tem o direito a apresentar e a ver aprovado, está engando, isso não vai acontecer”, avisou.

Hoje, em resposta a uma outra questão após o Conselho de Ministros, Joaquim Miranda Sarmento disse ainda que a discussão orçamental “vai muito para lá da questão do IRC”.

“Nós vamos iniciar muito em breve as discussões técnicas com a Comissão Europeia. Devo dizer que Portugal é, depois do Chipre e da Irlanda, o país que tem menor ajustamento orçamental, praticamente próximo de zero nos próximos quatro anos, muito longe de situações de outros países maiores do Portugal e com posições orçamentais muito mais exigentes”, assinalou.

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