O ministro das Infraestuturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, afirmou que a aposta do Governo é reforçar a competitividade da Área Metropolitana do Porto (AMP), afirmando-a como “o grande polo do Noroeste da Península Ibérica”.

Durante a cerimónia de anúncio de uma dotação de 96 milhões de euros para a conclusão das obras da Linha Rosa (São Bento – Casa da Música) do Metro do Porto, que decorreu esta sexta-feira na estação de metro de São Bento, no Porto, Miguel Pinto Luz afirmou o desígnio de tornar a AMP “o grande polo do Noroeste da Península Ibérica”.

“Esse é o nosso foco, esse é o nosso objetivo, e desse objetivo não nos desviaremos”, garantiu o governante, rejeitando uma visão das políticas públicas em mobilidade, transportes e ambiente como “compartimentos estanques”.

“Nós não podemos pensar em mobilidade ou transportes sem pensarmos na intermodalidade, na transferência modal que é necessária e obrigatória”, considerou, lembrando que Portugal tem “uma percentagem de perto de 40% das emissões emitidas pelo setor dos transportes”.

Para o ministro, “tudo o que tem a ver com mobilidade urbana tem que concomitantemente ser pensado com a mobilidade pesada”, lembrando que o executivo já reafirmou “o compromisso para a Alta Velocidade, nomeadamente Lisboa – Porto e Porto – Vigo”.

“Estamos empenhados nesta visão intermodal naquilo que são os investimentos em Leixões”, cujo porto já serve um ‘hinterland’ “de quase 14 milhões de concidadãos”, lembrando ainda o aumento de capacidade previsto para o aeroporto Francisco Sá Carneiro.

Miguel Pinto Luz assumiu uma “visão de intermodalidade”, pretendendo dar à AMP “a competitividade e o posicionamento na Península Ibérica que lhe é devido”.

Já a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, afirmou que “a aposta em transportes públicos ambientalmente sustentáveis e capazes de oferecer opções de qualidade aos nossos concidadãos é um importante fator de coesão social e territorial”.

“Os transportes representam aproximadamente 29% das emissões de CO2 [dióxido de carbono] na União Europeia, mas no nosso país representam 37%. Somos um país com bons indicadores do ponto de vista da transição verde, mas o setor dos transportes é uma exceção”, destacou.

Assim, considerou que “há que redobrar esforços” e “muito trabalho a fazer na área dos transportes”.

“Se queremos, ao mesmo tempo, preservar e melhorar a mobilidade dos nossos cidadãos, temos de apostar cada vez mais em alternativas sustentáveis ao transporte individual”, vincou.

A ministra deixou ainda um aviso, falando em “recursos financeiros que poderão não se repetir no futuro”, exigindo “que exista também, por parte de todas as entidades, um forte compromisso na execução dos projetos”.

“O desafio do combate às alterações climáticas, da transição para a economia sustentável, exige um ritmo diferente daquele que nos habituámos no passado. Um ritmo diferente e um rigor exigente. Não nos podemos permitir a desperdiçar oportunidades sob a pena de ver ficar a passar o comboio do desenvolvimento”, alertou.

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