“O Intercéltico de Sendim, no concelho de Miranda do Douro, pretende privilegiar as relações de proximidade cultural com as terras e as gentes leonesas e castelhanas, com as quais a Terra de Miranda partilha um fundo histórico comum com longos séculos de vigência”, explicou Mário Correia.

O diretor do FIS acrescentou ainda que, ao mesmo tempo, quer “colocar as músicas tradicionais ou de raiz em diálogo interativo com os sons do mundo e os estilos ou géneros da modernidade”, de modo a “refletir a realidade multicultural e intercultural em que se vive no mundo de hoje”.

O responsável pela organização do  FIS disse ainda que do cartaz do festival fazem parte os Lenda Artabra, oriundos da Galiza, em Espanha, e Carrión Folk, vindos da província espanhola de Leão, formações que subirão ao palco no primeiro dia do festival de Sendim, no distrito de Bragança.

Para o segundo dia do FIS, o palco Inatel está reservado ao trio Daniel Cristo Pereira e aos espanhóis Alienda, das Astúrias.

A Casa da Cultura de Sendim acolherá, no decurso da ‘festa folk’, os franceses Mazhar com as suas “Musiques du Levant”, as “Modas Stramuntanas” dos Deus, e os “Contracantos” de Miguel Calhaz.

Como atividades paralelas, além da música ‘folk’ e de raiz celta, em particular, haverá artesanato, livros e discos, produtos da terra, poções mágicas – entre as quais pontifica o “singular licor celta” – tertúlias e encontros, ingredientes indispensáveis à génese das celebrações celtas por terras do Planalto Mirandês.

“Como sempre, partimos das raízes e avançamos até à modernidade, fazemos dos valores da tradição alicerces de futuro”, vincou o diretor do festival. “Num tempo ainda e sempre nada fácil para a cultura, o FIS permanece igual a si próprio, fiel a uma linha de programação que não vai em modas e pretendemos mas antes (re)afirma a identidade programática definida no já longínquo ano de 2000, quando em terras de Sendim começámos esta aventura musical e cultural”.

O Festival Intercéltico de Sendim, que cumpre “este ano nada mais, nada menos do que 23 edições”, apenas interrompidas por dois anos de situação pandémica, consolidou, segundo Mário Correia, em termos de matriz de programação, um modelo que se mantém fiel ao seu público alvo, que vem de todo o país e da vizinha Espanha, na sua maioria.

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