A seleção que vai enfrentar Portugal nos quartos de final do Euro 2024 só marcou três golos na prova, sendo que dois deles foram “oferecidos” pelos adversários. O que se passa na Seleção francesa?

A máscara de proteção que Kylian Mbappé está obrigado a usar durante o Euro 2024, devido a uma fratura no nariz, parece estar a influenciar negativamente a performance da estrela maior da Seleção francesa e, consequentemente, as exibições da equipa francesa. Em antevisão à partida frente à Bélgica, disputada na segunda-feira e que culminou na vitória dos “Bleus”, o recém-contratado pelo Real Madrid admitiu mesmo estar farto do equipamento extra.

Parte da “culpa” é atribuída a Mbappé, o camisola 10 e capitão dos gauleses, que habitou os espetadores a faturar em quase todas as partidas.

No duelo dos ‘oitavos’, o craque da companhia voltou a não marcar e valeu um autogolo de Jan Vertonghen, aos 85 minutos, para levar os finalistas vencidos do Mundial do Qatar para a próxima fase do Euro, onde irá defrontar Portugal.

Penálti convertido por Mbappé no jogo contra a Áustria.

Lars Baron

Um golo em três jogos não seria um registo invulgar, se não estivéssemos a falar de um futebolista que ao serviço do Paris Saint-Germain faturou por 256 vezes em 308 ocasiões. Pela Seleção francesa o seu registo é de 48 golos em 82 partidas.

Nesse encontro do grupo D, o camisola 10 dos “Bleus” lesionou-se depois de embater com o nariz nas costas do defesa adversário Kevin Danso, aos 86 minutos.

Mbappé imediatamente após ter fraturado o nariz frente à Áustria.

Robbie Jay Barratt – AMA

No jogo que se seguiu viu a partir do banco a sua nação empatar a zeros frente aos Países Baixos, tendo regressado aos relvados, já com a mascarilha integrada na indumentária, para defrontar a Áustria.

“É horrível jogar com uma máscara”

Contra a Bélgica, o jogador falhou algumas oportunidades flagrantes que, noutras ocasiões, não perdoaria. Didier Deschamps, selecionador francês, abordou a questão no final do jogo e referiu que o atleta “ainda se está a habituar à máscara”, que pode estar a influenciar de forma negativa o seu jogo.

“O suor ainda o incomoda, pode entrar nos olhos. É complicado para a visão dele, são décimos de segundo, mas é importante (…) Vai ter de se habituar porque pode usá-la durante algumas semanas ou mesmo alguns meses”, disse o técnico gaulês, citado pela BBC.

O próprio jogador, que diante da Bélgica ajeitou o equipamento de proteção facial múltiplas vezes, já tinha dito, na antevisão à partida, no domingo, que a utilização da máscara é indissociável do seu rendimento abaixo do que era expectável:

“É horrível jogar com uma máscara. Estou sempre a mudar de máscara porque há sempre alguma coisa que me incomoda, há alguma coisa que não está bem. É muito difícil jogar com uma máscara porque limita o campo de visão, bloqueia o suor e é necessário deixá-lo sair”.

Ora, como um azar nunca vem só, para além da falta de eficácia de Kylian Mbappé, os restantes atacantes da companhia também não se têm mostrado letais na cara do golo, o que explica os três golos marcados em quatro jogos no Euro pela Seleção francesa, sendo que dois deles foram “patrocinados” pelo próprio adversário, o que faz do autogolo o “melhor marcador” dos gauleses na prova.

O astro do futebol mundial tentará reverter esta situação já no próximo encontro, frente a Portugal, na sexta-feira, uma partida absolutamente decisiva, que valerá o bilhete dourado para as meias-finais do Euro 2024. Desde já, sabe-se que o vencedor deste encontro vai disputar um dos lugares da final com Espanha ou Alemanha, seleções que medem forças no mesmo dia.

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