O esclarecimento da faculdade surge depois de uma notícia do jornal Público afirmar que a ministra da Saúde copiou trechos de um curso de uma universidade inglesa para o relatório que entregou no final de 2023.

A Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa esclareceu que a ministra da Saúde “cumpriu o programa proposto” no relatório de atividades académicas que desenvolveu e que não houve plágio.

O que está em causa é a cópia de trechos de um curso de uma universidade inglesa para o relatório que Ana Paula Martins entregou em 2023. A Faculdade de Farmácia de Lisboa identificou inconformidades, mas aprovou o relatório.

Numa nota enviada à agência Lusa ao final desta sexta-feira, assinada pelo presidente do Conselho Científico da faculdade, António Almeida, e pela diretora da instituição, Beatriz Lima, é referido que “o relatório das atividades desenvolvidas foi objeto de análise pelo Conselho Científico, que apreciou os diversos aspetos do relatório e concluiu que o trabalho apresentado cumpriu o programa proposto“.

“Quaisquer outras ilações não são possíveis de ser retiradas, designadamente quanto ao alegado plágio, que não ocorreu“, sublinham os docentes.

Ministra copiou curso de uma universidade inglesa?

O esclarecimento da faculdade surge depois de uma notícia desta sexta-feira do jornal Público afirmar que a ministra da Saúde copiou trechos de um curso de uma universidade inglesa para o relatório que entregou no final de 2023.

Um dos objetivos da licença sabática de Ana Paula Martins era a apresentação de um plano curricular estratégico para a concretização do programa de formação avançada em Farmacoepidemiologia.

O plano curricular apresentado tinha a mesma estrutura-base, em quatro módulos, que o curso da escola de Londres. Três dos quatro objetivos do programa de formação avançada também são transcritos quase a 100% e a avaliação é similar.

O jornal Público adianta que a Faculdade de Farmácia de Lisboa identificou “inconformidades”, mas na nota enviada à Lusa a instituição nunca as refere.

“O Conselho Científico reafirma a posição tomada de que o relatório foi corretamente aprovado”, sintetiza a faculdade na missiva enviada ao final da tarde.

A instituição adianta ainda que Ana Paula Martins, professora auxiliar com agregação da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, entre dezembro de 2020 e dezembro de 2021, “esteve no exercício de licença sabática concedida por esta Faculdade, no âmbito da qual desenvolveu diversas atividades académicas, de acordo com o programa de trabalho proposto”.

Esta sexta-feira, após ter estado no Parlamento a responder a uma interpelação do Bloco de Esquerda sobre o programa de emergência para a saúde, a ministra foi questionada pelos jornalistas sobre esta questão, mas escusou-se a fazer comentários.

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