Não está escrito em sítio algum, mas impende sobre ela uma sentença invisível, “não passarás despercebida”, como se fosse um mandamento bíblico. Ana Maria Markovic, futebolista internacional croata (12 jogos, 2 golos), nascida na Suíça, carrega uma etiqueta que alguns lhe colaram, mas que ela detesta: “A futebolista mais sexy de todas”. A avançado afirma que há uma grande diferença entre elogiarem-na, dizendo-lhe que é muito bonita – “quando acontece, eu agradeço, porque acho que todos gostamos de ser vistos como pessoas bonitas” -, e enfiarem-na nessa categoria sexualizada em que imaginamos mulheres pouco vestidas, em poses reveladoras do pouco que ainda houver para revelar. Ana Maria não se revê em nada disso e repudia a categoria que erradamente lhe atribuem. “Eu tento mesmo não ser, de modo algum, essa figura sexy. Não me exibo nua no Instagram. Tento mostrar classe, tento ser desportiva. Mesmo que publique fotos em biquini, não é por exibicionismo, não é pelo prazer dos olhares dos outros”, afirma.

“Eu tento mesmo não ser, de modo algum, essa figura sexy. Não me exibo nua no Instagram. Tento mostrar classe, tento ser desportiva. Mesmo que publique fotos em biquini, não é por exibicionismo, não é pelo prazer dos olhares dos outros.”

Foto: João Paulo

PORTUGAL NO CORAÇÃO 

Vamos por partes e do princípio. A Máxima encontrou-se com Ana Maria Markovic no final de mais uma visita da futebolista a Lisboa, cidade que conhece já bastante bem. Porquê? “O meu namorado é de Lisboa, estou aqui por causa dele”, revela, e depois acrescenta que já cá esteve “durante um ano”, no decorrer da sua reabilitação. “Sofri uma gravíssima lesão num joelho e vim para Portugal, onde recuperei com um treinador especialista.” O namorado é Tomás Ribeiro, defesa-central no Vitória Sport Clube, aquele a que comummente chamamos “Vitória de Guimarães”. “Ele jogava no mesmo clube que eu, em Zurique, e eu conheci-o lá, no complexo de treinos”, trata de detalhar Ana Maria. “Ele ia ver jogos meus”, acrescenta.


Leia também
Horóscopo. Quais dos signos entrarão com o pé direito em julho?

“A minha primeira equipa foi o FC Schlieren, que é o clube de uma cidadezinha que fica perto da minha cidade. E depois, ao fim de um ano, dei o salto para o FC Zurich. Só tinha jogado futebol durante um ano, não tinha a noção do jogo, só que eu sou muito veloz, e acredito que isso faz toda a diferença no desporto feminino.”

Foto: João Paulo

Na altura, jogavam ambos no Grasshoppers, na Suíça. Tomás esteve no clube durante pouco mais de um ano, entre as épocas de 2021-2022 e 2022-2023. Ana Maria joga na equipa feminina do Grasshoppers desde 2020-2021. Antes disso, jogava nos grandes rivais da cidade, o FC Zurich. “A minha primeira equipa foi o FC Schlieren, que é o clube de uma cidadezinha que fica perto da minha cidade. E depois, ao fim de um ano, dei o salto para o FC Zurich. Só tinha jogado futebol durante um ano, não tinha a noção do jogo, só que eu sou muito veloz, e acredito que isso faz toda a diferença no desporto feminino. E foi por causa disso que dei o salto para o FC Zurich. Ao fim de cinco anos no FC, fui para os grandes rivais da cidade, o Grasshoppers – é o mesmo que, aqui, ires do Benfica para o Sporting [risos]. Mas estou muito feliz.” 

MASCULINO VS FEMININO 

Ana Maria acompanha o futebol português. Diz que gosta muito de ambas as ligas, tanto da masculina como da feminina. Começou a acompanhar a primeira obviamente por causa do namorado, mas parece ter-lhe tomado o gosto, diz que “tem um enorme potencial, e tanto o nível dos jogadores como dos clubes é espantoso”. “Acho que há uma distância grande [para as ligas mais ricas da Europa], mas apenas por causa do dinheiro, porque a liga, em si, vale mesmo a pena acompanhar. É muito, muito interessante.”


Leia também
Veja aqui o segundo episódio do programa da Máxima

“Percebi que as pessoas começaram a ver. Já não é como era dantes, porque agora somos mais fortes, mais rápidas, jogamos um futebol mais inteligente, e a técnica também tem evoluído. Mesmo comparando com os homens, está bastante similar.” 

Foto: João Paulo

Acerca da liga feminina, também não poupa nos elogios. “Conheço algumas jogadoras daqui, até pessoalmente. Por causa disso, vou vendo jogos da liga, e percebo que têm vindo a melhorar muito. Vejo verdadeiros progressos de ano para ano.” Aproveita para discorrer um pouco acerca do futebol feminino, partindo do que vê acontecer em Portugal. “Percebi que as pessoas começaram a ver. Já não é como era dantes, porque agora somos mais fortes, mais rápidas, jogamos um futebol mais inteligente, e a técnica também tem evoluído. Mesmo comparando com os homens, está bastante similar.” 

Aproveitando a análise sobre as semelhanças e a aproximação entre o futebol feminino e masculino, perguntamos-lhe o que pensa acerca das diferenças que se encontram a nível de condições, nomeadamente no plano salarial. Lançamos para a conversa a recente recusa de aumento da seleção nacional masculina da Dinamarca, de modo a garantir que homens e mulheres ganham o mesmo no futebol ao serviço da seleção dinamarquesa. “Acho que foi uma extraordinária afirmação da parte deles. É que se os [jogadores] homens começarem a apoiar as mulheres no futebol, o resto do mundo acabará também por fazê-lo. Tudo começa pelas equipas masculinas no desporto, por isso, quem é que deve apoiar, antes de mais, as mulheres? As equipas masculinas.”  

Ana Maria aproveita para elogiar o namorado Tomás e a fazer dele um exemplo a seguir: “Ele começou a apoiar o futebol feminino desde há muito tempo, tal como toda a família dele. E podes ver a maneira como fala do futebol feminino, porque ele sabe perfeitamente aquilo de que somos capazes. E se os outros jogadores não começarem também a ver os nossos desportos, eles nunca irão mudar nada.


Leia também
Dating em Lisboa: “Nunca imaginei que barrar manteiga num pedaço de pão pudesse ter algo de erótico”

“É que se os [jogadores] homens começarem a apoiar as mulheres no futebol, o resto do mundo acabará também por fazê-lo. Tudo começa pelas equipas masculinas no desporto, por isso, quem é que deve apoiar, antes de mais, as mulheres? As equipas masculinas.”

Foto: João Paulo

Falemos de dinheiro, concretamente: homens e mulheres jogam futebol, mas ganham salários muito distintos, especialmente no futebol de topo. “Acho que não conseguiremos chegar tão cedo ao ponto de ter o mesmo nível salarial que os homens. Ainda vai demorar algum tempo, mas nós temos de continuar e insistir. Quem vê futebol feminino sabe que, obviamente, não somos tão fortes quanto os homens, não somos tão rápidas quanto eles, mas também não temos de ser, porque, sim, é futebol, mas é um futebol diferente, e ambas as versões, masculina e feminina, são boas de ver.”  

Ana Maria Markovic acrescenta que não é só nos salários que as diferenças acentuadas se notam. “Eles têm nutricionistas, têm médicos, se alguém se lesiona, têm entrada direta em clínicas e hospitais, nós não temos nada disso. Claro que, se calhar, na Premier League ou na Liga espanhola, já têm condições semelhantes, muito melhores do que as nossas. Mas mesmo assim ainda falta tanta coisa no futebol feminino, não é só o dinheiro.” Mas o dinheiro, o vil metal, está lá sempre, a fazer toda a diferença. “Quando vês as transferências e o valor das transferências – por exemplo, a Kika [Nazareth, que saiu do Benfica] para o Barcelona -, o valor da transferência nunca é tão elevado quanto no futebol masculino [N.A.: Kika foi transferida por meio milhão de euros, valor recorde no futebol feminino português]. Os números não chegam nem perto do dinheiro envolvido no futebol masculino.”

“Acho que não conseguiremos chegar tão cedo ao ponto de ter o mesmo nível salarial que os homens.”

Foto: João Paulo

SONHOS E AMBIÇÕES 


Leia também
Horóscopo. As previsões de 8 a 14 de julho de 2024

Também Ana Maria sonha com outros voos, outras ligas e outros clubes. É feliz na sua Zurique-natal e mostra grande carinho e respeito pelo Grasshoppers, mas não esconde que tem outras ambições para a carreira. “Adorava mesmo sair da Suíça. Infelizmente, há um ano tive uma lesão precisamente quando estava a preparar a minha saída. Quando me lesionei tive de me concentrar na recuperação e o meu clube apoiou-me muitíssimo, foram como uma família para mim. Quando cresces num país e estás num clube onde te conhecem e onde te apoiam tanto, sair deixa de ser uma possibilidade.” 

O seu sonho é jogar na Premier League, especialmente no Chelsea, a equipa feminina preferida (a masculina é o Liverpool, uma preferência que diz correr na família). “Não sei explicar [a preferência pelo Chelsea]. Vi-as jogar umas quantas vezes quando era miúda e adorei a maneira de jogar delas. Ficou-me na cabeça e passei a ver muitos jogos. Adoro a Sam Kerr [futebolista australiana que joga como avançado, tal como Ana Maria], ela é formidável, é uma futebolista espantosa e, claro, adorava atingir esse nível.” “O meu objetivo é jogar na Premier League [inglesa], obviamente. Seria um grande, grande passo para mim. Mas ainda tenho de aprender muito mais sobre futebol, porque a liga suíça não é muito forte. Por isso, precisava de dar um próximo passo intermédio, para evoluir e para voltar ao meu nível de antes da lesão e, depois, então, talvez consiga chegar à Premier League.”

“Quem vê futebol feminino sabe que, obviamente, não somos tão fortes quanto os homens, não somos tão rápidas quanto eles, mas também não temos de ser, porque, sim, é futebol, mas é um futebol diferente, e ambas as versões, masculina e feminina, são boas de ver.” 

Foto: João Paulo

Falamos acerca da possibilidade de jogar em Portugal. Seria suficientemente atraente para Ana Maria? “Adorava! A sério, juro, adorava jogar futebol na Liga Portuguesa. A liga é espetacular, cheia de jogadoras excepcionais. Podia aprender muito neste país porque preciso mesmo de evoluir tecnicamente e Portugal seria, sem dúvida, uma ótima mudança para mim.” Diz que, se viesse jogar para Portugal, gostava de viver em Lisboa ou “mais a norte, mais perto do namorado”. Obviamente. 

CANSOU DE SER SEXY 

Voltamos ao assunto da visibilidade do futebol feminino. O que é que poderia torná-lo mais apetecível para o grande público, fazer com que gerasse mais receitas e elevasse a fasquia salarial das mulheres no jogo? “O que é que podíamos fazer hoje em dia? Temos as redes sociais, honestamente. Digo isto e sei que há muitos homens e mulheres que se riem de nós, do estilo ‘oh, olha só, estas jogadoras, a mostrarem os rabos, ahahahah’, mas nós temos de nos mostrar. De uma maneira mais desportiva, claro, não dessas outras maneiras. Mas as redes sociais podem ser uma grande ajuda para que tenhamos mais adeptos, mais espectadores. Porque, se partilharmos os nossos momentos no futebol, as nossas emoções, as nossas aptidões, os nossos golos, tal como vemos nos vídeos dos campeonatos da Europa ou dos campeonatos do mundo, isso seria wow! Temos grandes remates, grandes jogadas, isso mostra exatamente aquilo de que nós, mulheres, somos capazes de fazer.”

“Ainda falta tanta coisa no futebol feminino, não é só o dinheiro.”

Foto: João Paulo

Voltamos ao início da conversa, o ser sexy e o ser bonita, o mostrar ou não mostrar, agradar ou não agradar às vistas dos outros. Ana Maria Markovic é muito assertiva: “Venham ver-me jogar futebol.” Só isso. Diz que tem para mostrar uma coisa muito mais especial do que qualquer foto em biquini publicada no Instagram: “A minha personalidade é completamente diferente.” Queremos saber de que modo. “Faço muito barulho, farto-me de gritar. Sou emotiva. Tenho uma personagem própria quando estou em campo, não sei se me faço entender. [Risos] Mas não sou má.” 

Ana Maria não pensa que a imagem que tem a prejudique – desde que as pessoas a vão mesmo ver jogar, claro. Considera que, quando está em campo, é só disso que quer saber, não lhe importa o que acontece em redor ou o que dizem sobre ela. Falamos sobre o assédio no jogo. Diz que nunca sofreu na pele, não há casos graves que conheça, felizmente. A conversa leva-nos ao beijo que marcou o verão passado, aquele que Luis Rubiales, presidente da Federação Espanhola de Futebol, deu a Jenni Hermoso, futebolista da seleção espanhola, quando ambos celebravam, no palco instalado no meio do campo, a conquista do título de campeãs do mundo pela Espanha. Como é que Ana Maria reagiria se fosse com ela? “Não sei, acho que ninguém sabe como iria reagir. Imagina, és tu e aquela pessoa que conheces bem e em quem confias, tudo ali, naquele momento. Acho que foi uma coisa que resultou de todas aquelas emoções. Mas uma coisa destas não pode mesmo acontecer, especialmente no futebol feminino. Eu não me pronunciei sobre este assunto quando tudo aconteceu, não falei disso em entrevistas, não fiz publicações no Instagram, nada. Para mim, há ali dois mundos. Um em que está toda a gente tão feliz, as emoções vêm ao de cima, talvez tenha sido tudo demasiado emotivo, talvez ele estivesse simplesmente demasiado feliz. Depois, no outro, está a mulher. E para mim, enquanto mulher, uma coisa destas não pode mesmo acontecer. Não sei o que eu faria. Não sei. Talve chamasse a polícia, ou qualquer coisa do género.”

“Adorava mesmo sair da Suíça. Infelizmente, há um ano tive uma lesão precisamente quando estava a preparar a minha saída. Quando me lesionei tive de me concentrar na recuperação e o meu clube apoiou-me muitíssimo, foram como uma família para mim.”

Foto: João Paulo

Acrescenta ainda que achou tremendamente injusto que o foco noticioso se tivesse desviado bruscamente do essencial. “Isso foi o que mais me incomodou! Eu disse isso em toda a parte! A Espanha foi cam-pe-ã-do-mun-do! E toda a gente só falava do beijo. Porquê? Mas porquê? É claro que o episódio foi horrível, mas a Espanha tinha acabado de ganhar a Taça do Mundo. Se fosse no futebol masculino, isso nunca aconteceria. O escândalo podia ser uma parte da notícia, mas o episódio seria só uma nota, nunca o assunto principal.” 

EURO 2024 

A conversa com Ana Maria Markovic ocorre em pleno Euro 2024. A fase de grupos acaba de terminar, a Suíça avançou para os oitavos-de-final, tal como Portugal, mas a Croácia quedou-se por um amargo 3.º lugar no grupo, que a deixou fora da fase das eliminatórias da competição. Pior: a Croácia acabou por ficar atrás da Itália depois de, no último minuto de um muito longo tempo extra – o árbitro concedeu 8 minutos para lá dos 90! -, ter sofrido o golo do empate dos italianos. Mattia Zaccagani empatou a partida aos 90+8, deitando um balde de água fria sobre a equipa e a nação croatas que, desse modo, passaram a ficar com apenas 2 pontos, em vez dos 4 com que ficariam caso tivessem conseguido segurar o 1-0 até ao fim. O apuramento escapou-lhes por poucos segundos.

“Podia aprender muito neste país porque preciso mesmo de evoluir tecnicamente e Portugal seria, sem dúvida, uma ótima mudança para mim.”

Foto: João Paulo

Queremos saber como é que Ana Maria viu essa eliminação e de que modo a saída da Croácia na fase de grupos foi, ou não, uma desilusão. “Para. Eu fartei-me de chorar. Não teve mesmo graça nenhuma. O primeiro jogo com Espanha [a Croácia perdeu, 0-3], tudo bem, acontece. Mas no segundo jogo com a Albânia, [sofreu o golo do empate, 2-2] no último minuto… Porquê? Porquê, Croácia? Temos jogadores extraordinários, jogadores lendários, e eles mereciam mais.” A avançado croata não faz por menos: acreditava que a Croácia podia ser campeã da Europa. “Se me permites a honestidade, eu acreditei que eles podiam ganhar o Europeu. Achei que o Modric terminaria com o troféu nas mãos. Isto deixa-me destroçada. Eu chorei.”  

Não se conforma com a maneira como o apuramento escapou entre os dedos dos croatas. “Estava a ver o jogo com uma amiga, ela é italiana – ela é italiana! – e pronto. Fiquei tão contente quando marcámos, e depois o que é que aconteceu outra vez, mesmo no fim?” Faz uma pequena pausa. Talvez estejamos agora na presença da personagem que costuma levar para o campo quando diz, inquisidora: “Posso perguntar uma coisa? Onde é que o árbitro foi desencantar os 8 minutos de tempo extra para dar? Oito minutos! Como é que explicas isto?” Não temos explicação. O melhor que conseguimos é imaginar a dor de uma eliminação assim, cruel.

Ana Maria Marković é muito assertiva: “Venham ver-me jogar futebol.”

Foto: João Paulo

Não vamos desanimar, ainda resta a Suíça na competição. Afinal de contas, foi na Suíça que Ana Maria nasceu, foi lá que cresceu e é lá que ainda joga. O que podemos esperar dos helvéticos? “A Suíça é sempre boa para surpreender. Eles fazem sempre qualquer coisa de que ninguém está à espera. Por exemplo, eles eliminaram a França [no Europeu anterior, em 2021 – empate 3-3; 5-4 nos penaltis], lembras-te? Portanto, diria que a Suíça é capaz de nos surpreender a todos. Acredito que chegam às meias-finais.” Quando este artigo for publicado, já a Suíça terá vingado a dolorosa derrota croata e vencido a Itália por 2-0. Irá jogar os quartos-de-final contra a Inglaterra, que muitos veem como principal favorita a levantar a taça. Veremos se a profecia de Ana Maria Markovic se concretiza e se a Suíça consegue mesmo surpreender toda a gente, chegando às meias-finais. 

“Tenho de escolher o Cristiano, porque ele é o meu jogar preferido de todos os tempos. Quer dizer, eu uso a camisola 7 por causa dele. Tenho de o escolher.”

Foto: João Paulo

Para terminar a conversa, propomos à futebolista um desafio – um daqueles em que se obriga alguém a fazer uma escolha difícil, amarga, que obriga a deixar para trás qualquer item de que gosta e que estima. No fundo, é um jogo que deixa vincada a ideia de que não se pode ter tudo. “Se pudesses escolher apenas um destes jogadores para companheiro de equipa, qual escolhias: Granit Xhaka (Suíça), Luka Modric (Croácia) ou Cristiano Ronaldo (Portugal)?” Sente-se injustiçada. Ri-se muito com o dilema, mas não consegue esconder a angústia de ter de abdicar de dois jogadores que naturalmente admira. “Meu Deus, esta pergunta é demasiado difícil”, reclama. Depois, elogia a mentalidade vencedora e determinada dos três, que são, por isso, inspiração para ela própria. “O Granit Xhaka é um jogador espectacular, tem uma mentalidade fora de série. E o Luka Modric é uma lenda, desde miudinha que o vejo jogar futebol.” Sobra um, Cristiano Ronaldo dos Santos Aveiro, a maior lenda do futebol português, uma das maiores do futebol mundial – de sempre! “Tenho de escolher o Cristiano, porque ele é o meu jogar preferido de todos os tempos. Quer dizer, eu uso a camisola 7 por causa dele. Tenho de o escolher.” E no silêncio que se segue conseguimos perfeitamente imaginar um “siiiiiiiiu” para celebrar. 

Compartilhar

Leave A Reply

Exit mobile version