O governo chinês está a reprimir as demonstrações ostensivas de riqueza – principalmente na Internet. As redes sociais chinesas, como o Weibo, o Xiaohongshu e o Douyin – as suas versões do Twitter, do Instagram e do TikTok – estão a reprimir os influenciadores digitais conhecidos por ostentarem riqueza devido à desigualdade de rendimentos na China.

Até há pouco tempo, estes homens e mulheres (maioritariamente jovens) exibiam os seus bens de luxo a milhões de seguidores. Nos últimos meses, porém, muitos deles viram as suas contas nas redes sociais suspensas pelos reguladores chineses da Internet.

Esta medida remonta ao facto de o presidente chinês, Xi Jinping, ter promovido a “prosperidade comum”, ou seja, o ideal de proporcionar riqueza de forma mais equitativa a todos os cidadãos chineses, noticia o Business Insider.

O rendimento médio das famílias dos 20% mais ricos da China urbana era 6,3 vezes superior ao dos 20% mais pobres, segundo dados do Nikkei Asia. Assim, a reguladora anunciou em abril que as celebridades já não podiam “exibir riqueza” ou “prazeres extravagantes” nas redes sociais.

Segundo um relatório, o Weibo, que tem cerca de 600 milhões de utilizadores ativos, “limpou” 1110 mensagens que ostentavam riqueza e outros comportamentos de “mau valor” no seu conteúdo, banindo ou suspendendo 27 contas.

Da mesma forma, o Douyin afirmou ter removido 4.701 mensagens e 11 contas entre 1 e 7 de maio e a Xiaohongshu afirmou ter eliminado 4273 mensagens “ilegais” nas últimas duas semanas, encerrado ainda 383 contas.

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