Os resultados da primeira volta das legislativas já deixaram França dividida e deram um ‘empurrão’ para protestos logo a seguir à ida às urnas – mas agora, a três dias da 2.ª volta a tensão começa a subir ainda mais, com ataques a candidatas de diferentes partidos.

Uma das situações aconteceu em La Rochette durante uma ação de campanha na manhã de quarta-feira. “[Fui] Atacada violentamente esta manhã no mercado de La Rochette, vou suspender a minha campanha”, escreveu Marie Dauchy, da União Nacional (UN).

A eurodeputada francesa foi vista pelos serviços de saúde e apresentou uma baixa médica de oito dias. Segundo a imprensa, o homem em questão apresentou-se na esquadra ao início da tarde de ontem. Segundo a queixa preenchida pela candidata, alegadamente o comerciante “ameaçou-a de morte em várias ocasiões, insultou-a e tentou arrancar-lhe violentamente os folhetos que esta tinha na mão, quase atirando-a ao chão por duas vezes”.

O homem foi detido e admitiu que tinha insultado a candidata assim como bater nas mãos desta, mas negou que a tivesse ameaçado de morte.

Após o caso ser conhecido a líder do partido Marine Le Pen demonstrou “total apoio” à candidata, apontando que esta foi “cobardemente atacada no mercado” por “bandidos que não respeitam a democracia”.

Já o presidente do partido de Extrema-Direita UN manifestou apoio à candidata acima referida, mas não só. “Manifesto o meu total apoio à nossa candidata Marie Dauchy e à senhora Prisca Thevenot, que foram atacadas. Tenciono ser o primeiro-ministro que restabelecerá a autoridade do Estado, que endurecerá consideravelmente as sanções, e apelo à calma e ao apaziguamento”, afirmou.

Bardella referia-se a um outro ataque que aconteceu no mesmo dia, com a atual porta-voz do governo e candidata pelo partido Renascimento, o mesmo partido do presidente, Emmanuel Macron. 

Segundo o que Prisca Thevenot foi atacada juntamente com a sua equipa enquanto estava em campanha, a colocar cartazes. “Aconteceu tudo muito depressa”, explicou uma fonte à imprensa, dando conta de que o grupo responsável pelo ataque tinha cerca de dez pessoas, nomeadamente, jovens. Segundo as autoridades francesas, quatro pessoas, três das quais menores, foram detidas.

Também o atual primeiro-ministro de França, Gabriel Attal, lamentou a situação. “A violência e a intimidação não têm lugar na nossa democracia. Não têm lugar na nossa República. Rejeitemos o clima de violência e de ódio que se está a instalar. Apelo à vossa ação imediata”, escreveu na rede social X (antigo Twitter).

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