No dia seguinte à primeira volta das eleições presidenciais iranianas (convocadas após a morte do Presidente Ebrahim Raisi num acidente de helicóptero), entre cinco e oito mil pessoas reuniram-se em Berlim, convocadas pelo Conselho Nacional da Resistência.

“As eleições no Irão não são eleições, são uma comédia”, afirmou Vidal-Quadras, que foi baleado na cara em 09 de novembro, muito perto da sua casa em Madrid e que, após uma recuperação “longa e trabalhosa de seis meses”, está “bastante bem agora”.

Há 20 anos que Vidal-Quadras participa no encontro anual de dissidentes iranianos no exílio e, apesar do atentado, quis participar no encontro de Berlim.

“Quando já tentaram matar-nos uma vez, bem, digamos que ficamos sempre com uma certa inquietação”, admitiu.

Vidal-Quadras explicou que há muito tempo que tenta fazer compreender aos governos das democracias ocidentais que “a política de apaziguamento, de negociação, de diálogo, de concessões com o regime iraniano, com esta ditadura teocrática, terrorista e criminosa, não funciona”.

Vidal-Quadras, antigo presidente do Partido Popular da Catalunha, que mais tarde abandonou para se tornar um dos fundadores do Vox, afirmou que, no seu caso, “tudo aponta para o Irão”, que utiliza atualmente “a técnica de contratação de máfias para levar a cabo assassinatos”.

O reformista Masoud Pezeshkian e o ultra-conservador Saeed Jalili vão disputar a presidência iraniana numa segunda volta das eleições, depois de nenhum dos dois candidatos ter conseguido 50% dos votos na primeira volta, anunciou hoje a Comissão Eleitoral do país.

A resistência iraniana no exílio pretende “derrubar o regime clerical” e estabelecer uma república democrática baseada na separação entre religião e Estado.

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