Nos últimos anos, aumentaram as queixas de assédio moral e sexual no trabalho, mas persistem obstáculos à formalização de denúncias. “Continua a haver vergonha e medo de represálias. Também pode haver falta de confiança nas instituições responsáveis por investigar os processos de denúncia, aponta Bernardo Coelho, sociólogo e professor no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. São necessárias medidas concretas para combater o assédio laboral, incluindo políticas de tolerância zero e a implementação de códigos de conduta robustos, “não minimalistas”, e de canais de denúncia transparentes. O investigador e coautor do estudo “Assédio Sexual e Moral no Local de Trabalho”, promovido pela Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego, propõe ainda a formação de grupos de trabalhadores com formação específica para identificar e prevenir situações de assédio, “tal como existem pessoas treinadas em primeiros socorros em algumas empresas”.

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