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As imagens mostram o momento em que Mark Ramos, empresário de origem madeirense, foi raptado à porta do talho em Florida, na zona oeste de Joanesburgo. Foi encontrado pela polícia uma semana depois numa casa no Soweto.
Na África do Sul e nos primeiros seis meses deste ano foram sequestrados 18 portugueses, quase todos proprietários de talhos. Os alvos são sobretudo empresários de sucesso, mas o crime também atinge a classe média e há pedidos de resgate de 300 euros.
As imagens mostram o momento em que Mark Ramos, empresário de origem madeirense, foi raptado à porta do talho em Florida, na zona oeste de Joanesburgo. Foi encontrado pela polícia uma semana depois numa casa no Soweto.
A história acabou bem, mas entra para as estatísticas dos sequestros de portugueses na África do Sul. Os alvos, nestes primeiros seis meses de 2024, têm sido sobretudo os proprietários de talhos.
Os negócios prósperos implicam pedidos de resgate maiores, mas José Nascimento, advogado e conselheiro das comunidades, lembra a angústia da família quanto tentaram raptar a sobrinha. A sobrinha é professora e os potenciais raptores ajustaram os valores ao nível social e económico do alvo.
Os sequestros elevaram o nível de alerta numa comunidade habituada a quase tudo e, para os mais velhos, pode ser uma razão para regressar. Mas a geração ativa, a que está à frente dos negócios, não pensa deixar a África do Sul. E se emigrar, Portugal não será a primeira opção.
Sair da África do Sul, a terra onde nasceram, será sempre o último recurso, apesar dos riscos de viver num país onde a violência faz parte da vida de todos os dias.