No coração da Mouraria, abriu em 2019 a taberna mais alentejana de Lisboa. Cinco anos depois, Leopoldo Garcia Calhau, chef e proprietário, sente que “parece que foi mais tempo, com a pandemia pelo meio e com o tanto que fomos obrigados a inventar para não ficarmos parados”. E assim foi, com eventos como o “Cabeças e Miolos”, que juntou na cozinha Vasco Coelho Santos e Leopoldo Garcia Calhau, ou o “Mata Bicho”, um jantar a começar às 9h00, com uma ostra e um shot de bagaço, e a terminar às 12h30.
Foram muitas as aventuras, recorda o chef, como o dia em que “montei uma mesa na rua no capô do meu carro”, entre tantas outras que a memória guarda com um sorriso. Entre elas a ideia de trazer o recheio de uma antiga taberna de Beja para o colocar na Mouraria. Contam-se mais de 100 criações elaboradas em conjunto com a equipa da cozinha, que faziam com que cada serviço “fosse sempre alucinante”, recorda. Hoje, volvidos cinco anos, a criatividade não desapareceu, mas deu lugar à consistência, e para “os mais nostálgicos, vamos fazer uma viagem pelos pratos que os clientes mais gostaram, nestes anos que passaram”, remata Leopoldo Garcia Calhau.
Durante cinco dias, com início esta segunda-feira, dia 1 de julho, as propostas mudam diariamente, começando as celebrações dos cinco anos da Taberna do Calhau com “Camarão e tremoço”, “Tomate, tomate, tomate”, “Pescada, ovo e coentros”, “Bacalhau e Bulhão pato”, “Alentejaninha” e o já famoso “Pudim de noz da Joana”. No dia 2 de julho há “Sopa de cavalo cansado”, “Ovos verdes e esparregado”, “couve… couve…couve-flor”, “Lula e batata”, “Pato e arroz do mesmo” e uma impressionante sobremesa de “Cebola e caramelo”. Ambos os menus custam €35.
Os três últimos dias das comemorações trazem “Tomate e peixe”, “Rissol descontraído”, “Sardinha, pão e tomate”, “Açorda de carabineiro”, “Pato bêbado” e “Farófias e caramelo” (€40). Dia 4 de julho servem-se “Ostras e beterraba”, “Foie gras e nabos”, “Batata e caviar”, “Bacalhau e xerém”, “Molejas e esparregado” e um “Semifrio” (€40) para terminar. No último dia é a vez de chegarem à mesa o “Carabineiro e pistacho”, “Camarão vermelho e anchovas”, “Moelas e miolos”, “Pescada e cebola”, “Jardineira de rabo de boi” e “Tarte de amêndoa” (€40).
Olhando para o caminho percorrido desde 2019, Leopoldo Garcia Calhau conclui sobre esta jornada que “foram cinco anos muito gratificantes e com uma série de boas histórias para contar. Passámos por uma pandemia, desafiámo-nos, celebrámos o primeiro aniversário durante dois dias com 10 chefs e 10 refeições, crescemos”. Mas, agora e mais do que nunca, “sabemos o que queremos: bom produto, boa comida e criar memórias à volta da mesa”, remata.
A Taberna do Calhau (Largo das Olarias, 23, Lisboa. Tel. 910163649) funciona terça e quarta-feira das 18h30 às 0h00 e de quinta a sábado das 12h30 às 15h30 e das 18h30 à meia-noite.